espirito santo

o olho por si só é um grande criador de cenas. vejo ele como uma ferramenta dentro de um complexo sistema que capta, compreende, reproduz…
mas ainda há fator maior nessa equação, que é o “fazer”. quando ando por um espaço a ultima coisa que imagino são os enquadramentos, pois eles acontecem por si só.
o que mais me interessa é sentir a vibração das coisas. quantas vezes já não saí de um lugar me remoendo por pensar “aquilo daria uma foto incrível”… daria, mas não deu. acho que nesse lugar vale refletir o que faltou para fazer aquela foto:
coragem? prática? técnica? a foto se foi, não vai dar para sofrer muito. e costumo pensar que foi melhor assim. quanto mais coragem tenho, menos tenho vontade de extrair uma cena por pura necessidade estética de perceber o mundo.
gosto de vibrar, de fazer, de sentir. um grande abraço para todas minhas fotos-frustrações, sinto que vocês enquadram melhor o meu trabalho do que necessariamente as aqui publicadas.